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Quem somos

“De eterno e belo há apenas o sonho” (Fernando Pessoa, O Marinheiro)

A RIONOR (Rede Ibérica Ocidental para uma Nova Ordenação Raiana), criada no dia 1 de outubro de 2016 num cabanal na raia de Rio de Onor, é uma associação transnacional ibérica, gerida por cidadãos raianos de um e do outro lado da fronteira e propõe-se constituir-se numa escola de cidadania e de apelo à participação cívica, criar uma massa crítica que questione a realidade social em que se insere e aprofundar a cooperação transfronteiriça entre Trás-os-Montes e as Beiras com Castela Leão e com a Galiza, como a melhor forma de lutar contra o despovoamento e de revitalizar economicamente estas regiões transfronteiriças.

Aprendemos nos conselhos raianos realizados ao longo destes quatro anos de existência que de nada adianta gritar contra os políticos e de responsabilizar sempre os outros pelos males que nos afetam. O atual estado a que chegaram os territórios raianos ficou a dever-se a todos nós que os habitamos e que  Se não formos nós os raianos a lutar por tudo aquilo que nos diz respeito, ninguém o fará por nós.

É urgente defender os valores da solidariedade através de um associativismo ativo e democrático que mostre aos cidadãos as vantagens de dedicar parte do nosso tempo à construção do bem público, compreendendo que esse é o caminho melhor para construir um mundo mais justo e mais humano.

Quanto aos resultados práticos, temos de lembrar que a RIONOR não se constituiu para executar políticas alternativas. A RIONOR pretende mobilizar a sociedade civil na defesa do direito a habitar os territórios raianos de forma a constituir uma opinião pública coesa e interventiva. Com os contributos dos cidadãos, de expertos e de autarcas, conseguimos já delinear medidas de futuro que a serem concretizadas revitalizarão económica e demograficamente estes territórios. Referimo-nos a algumas resoluções saídas dos conselhos raianos sobre a Escola, sobre a acessibilidade e sobre as áreas protegidas, tais como centros de formação bilingues e de formação de docentes dos dois lados da fronteira, conexões rodo e ferroviárias que liguem Trás-os-Montes a Castela e Leão e um novo olhar sobre o mundo rural e a conservação cultural da natureza.

A ser verdade que de eterno e belo só há o sonho e que só com o sonho evitaremos a morte, como escreve Fernando Pessoa, então nunca nos podemos cansar de sonhar, porque o sonho nos aproxima do possível. Por favor juntem-se a esta mancheia de construtores de sonhos, apostados em sonhar  um futuro digno de habitar como um tributo e um direito estes territórios que se estendem entre os nossos queridos montes.